O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma estrutura fundamental no joelho, visto que este é um importante restritor da movimentação anterior excessiva da tíbia em relação ao fêmur.
A ruptura desta estrutura é a lesão ligamentar mais comum do joelho quando incluídas somente as roturas ligamentares completas. No meio esportivo esta lesão é vista cada vez com mais frequência. Diversos são os exemplos de jogadores de futebol que apresentaram esta lesão, como Paulo Henrique Ganso, Nilmar, Alex Silva, Raí…
A lesão do LCA acomete principalmente indivíduos jovens e ativos e caracteriza-se especialmente pela sensação de falseio do joelho observada em movimentos de mudança brusca de direção e corrida em terrenos irregulares. Esta lesão é 3 a 4 vezes mais frequente em mulheres quando comparadas com homens que praticam a mesma atividade esportiva. Acredita-se que isto ocorra devido a diversos fatores presentes nas mulheres como pelve mais larga, maior flexibilidade, musculatura menos desenvolvida, presença de fatores hormonais entre outros.
A reconstrução cirúrgica é hoje o tratamento padrão em atletas, com a utilização de um enxerto, que pode ser retirado do próprio paciente, para substituição do ligamento rompido e sem função. No entanto, nem todos os pacientes com esta lesão obrigatoriamente necessitam de cirurgia. Em alguns casos, principalmente de indivíduos menos ativos, o tratamento não cirúrgico com uso de fisioterapia para fortalecimento muscular e treino neuromuscular pode evoluir com sucesso.
Como prevenir é melhor que remediar, diversos programas de prevenção para esta lesão foram criados englobando treino neuromuscular e proprioceptivo. Um Programa visando a prevenção desta grave lesão foi desenvolvido pela FIFA, o “11+”, e vem sendo utilizado com sucesso no mundo todo.
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